Mulher é presa pela PF em aeroporto com 12 arraias raras vivas
Caixas de isopor guardariam peixes tucunaré, segundo o declarado por passageira; polícia investiga tráfico de animais silvestres
A Polícia Federal (PF) encontrou no Aeroporto Internacional de Manaus, em três caixas de isopor que seriam despachadas em voo para São Paulo, 12 arraias em extinção. A advogada que despachou carga foi abordada por policiais e agentes da Receita Federal, após suspeitas. A informação inicial era de que se tratava de peixes tucunaré - que podem ser transportados nos voos.
Os policiais abriram as caixas de isopor para averiguar e encontraram as 12 arraias vivas presas em sacos plásticos, com um pouco de água. Segundo a PF, seriam "espécies da arraia silvestre potomotrygon motoro".
A advogada foi presa em flagrante na noite de quinta-feira (23). Nesta sexta-feira (5), ela passou por audiência de custódia na Justiça, pagou fiança e foi solta.
"Na ocasião, a mulher apresentou nota com informações adulteradas a respeito da carga, que informava ser de peixe tucunaré", informou a PF do Amazonas, em nota à imprensa.
Um inquérito foi aberto para investigar tráfico internacional de animal silvestre. "As arraias de espécie rara tinham como destino a cidade de São Paulo para serem comercializadas por meio de lojas especializadas em animais para aquários."
Nesta sexta-feira, as arraias foram devolvidas ao seu habitat por agentes do Ibama e pela PF.
A advogada pode ser indiciada pela PF por crimes ambientais e uso de documentação falsificada. Deve ainda ser multada pelo Ibama.