Moraes mantém Valdemar Costa Neto na cadeia e converte prisão em preventiva
Presidente do PL foi detido em flagrante em operação da PF. Assessores de Bolsonaro também permanecem presos, após audiências de custódia
Ricardo Brandt
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e os outros três assessores diretos de Jair Bolsonaro (PL) permaneceram presos, após audiências de custódia realizadas nesta sexta-feira (9). Os quatro foram alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que teve o ex-presidente e militares de alta patente na mira, por suposto envolvimento nos atos golpistas.
Valdemar Costa Neto foi detido nesta quinta-feira (8). Ele era alvo de buscas e apreensão da PF, mas acabou preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A arma seria de um parente e estaria guardada, sem uso.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi de converter a prisão de Valdemar Costa Neto em prisão preventiva (sem prazo).
A defesa do político alegou que falta "fato relevante" para a prisão e que a localização de uma pepita de ouro, que teria sido extraída em um garimpo ilegal, não configura delito.
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Os demais presos também tiveram as ordens mantidas pelo juiz-auxiliar que realizou as audiências. Filipe Martins Pereira, assessor de Bolsonaro e um dos alvos centrais para a PF, e os militares coronel Marcelo Costa Câmara e major Rafael Martins de Oliveira.
Foram decretadas quatro prisões na Tempus Veritates. Além de Filipe Martins e dos militares Marcelo Câmara e Rafael Martins, foi ordenada a prisão do coronel Bernardo Corrêa Neto, que está nos Estados Unidos em curso e se entregou nesta sexta-feira (9) e ainda deve retornar a Brasil
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