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Ministra dos Direitos Humanos pede desculpas por negligência do Estado em identificar desaparecidos da ditadura

Pedido de desculpas formal do Brasil será feito nesta segunda-feira (24), em São Paulo

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

Na próxima segunda-feira (24), o Estado brasileiro fará um pedido de desculpas formal aos familiares dos desaparecidos políticos na ditadura militar, de 1964 a 1985, pela negligência na identificação das ossadas encontradas na vala clandestina de Perus, no Cemitério Dom Bosco, em São Paulo.

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O pedido será feito pela ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, durante uma cerimônia aberta ao público, que ocorrerá no Dia da Memória, Verdade e Justiça.

As ossadas foram descobertas em 1990, quando foram encontrados 1.049 corpos enterrados, muitos de opositores ao regime militar que foram enterrados como indigentes, apesar de possuírem fichas de identificação.

Segundo o Instituto Vladimir Herzog, até agora, apenas cinco ossadas foram identificadas oficialmente: Dênis Casemiro (1991), Frederico Eduardo Mayr (1992), Flávio Carvalho Molina (2005), Dimas Antônio Casemiro (2018) e Aluísio Palhano Pedreira Ferreira (2018). que acompanha a história da vala, denuncia a negligência do Estado na identificação das vítimas entre 1990 e 2014.

O pedido de desculpas formal é resultado de um acordo judicial entre a União, representada pela Advocacia-Geral da União (AGU), e o Ministério Público Federal (MPF), homologado em dezembro de 2024.

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