Ministério Público e Secretaria de Desenvolvimento Social de SP ampliam programa de famílias acolhedoras
Ação é válida para crianças e adolescentes afastados de suas famílias biológicas por medida de proteção judicial
![Ministério Público e Secretaria de Desenvolvimento Social de SP ampliam programa de famílias acolhedoras](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2Facolhedor_30c0017e9a.jpg&w=1920&q=90)
O Ministério Público e a Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo firmaram um acordo visando a expansão do programa de famílias acolhedoras no estado. Este programa destina-se a crianças e adolescentes afastados de suas famílias biológicas por medida de proteção judicial.
+ Afazeres domésticos criam jornada de trabalho dupla para oito a cada dez mulheres
No Brasil, mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em abrigos, porém apenas 5% delas estão com famílias do programa de acolhimento. Em São Paulo, 9 mil crianças se encontram nessa situação, sendo que apenas 500 foram acolhidas no ano passado.
“Saber que eu estou contribuindo, que eu estou dando amor, que eu estou dando atenção, carinho, o respeito que toda criança merece, então isso pra mim é muito gratificante”, diz a dona de casa, mãe e avó Edleuda Ribeiro de Amorim, que cuida de uma bebê de dois meses. É a segunda que ela acolhe.
O acordo entre o governo paulista e o Ministério Público tem como objetivo ampliar esse número, oferecendo apoio técnico às cidades para qualificar os interessados em se tornarem famílias acolhedoras.
Famílias integrantes do programa recebem salário-mínimo
O programa funciona oferecendo um ambiente familiar temporário e emergencial para a criança ou adolescente, por um período máximo de 18 meses. Durante esse tempo, a família acolhedora assume a responsabilidade por todos os cuidados e despesas do menor. Essa é uma medida provisória até que a família biológica demonstre condições de oferecer segurança e garantir os direitos básicos da criança, como saúde, educação e amor.
As famílias que participam do programa recebem um salário-mínimo e são responsáveis por oferecer um ambiente acolhedor e amoroso aos menores. Apesar das despedidas serem difíceis, muitos acolhedores destacam a gratificação de poder oferecer amor e cuidado a essas crianças, recebendo em troca muito mais do que podem dar.