Metroviários aceitam proposta do governo estadual e descartam greve em SP
Acordo prevê reajuste salarial de 5% e pagamento de abono salarial no valor de R$ 2,5 mil

Camila Stucaluc
O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo aceitou a proposta do governo estadual e recusou a possibilidade de greve no setor – que estava marcada para começar em 27 de maio. A decisão foi divulgada na noite de quinta-feira (22), após votação virtual em assembleia.
Ao todo, 2.774 pessoas participaram da votação. Destes, 79,16% se declararam a favor de aceitar a proposta do governo estadual, enquanto 18,71% rejeitaram. Outros 2,13% se abstiveram.
Segundo a categoria, a paralisação seria em reivindicação a um reajuste salarial, bem como em protesto às iniciativas de privatização do Metrô. A proposta do governo estadual cobriu as questões salariais, renovando o acordo coletivo por dois anos. No documento, ficou acordado:
- reajuste salarial de 5,01%, sendo que 4,1% serão pagos logo e o 1% restante será usado durante um ano para evitar aumento no plano de saúde da categoria;
- abono salarial, sendo R$ 2,5 mil em 2025 e R$ 2,5 mil, em duas parcelas, em 2026;
- pagamento dos steps em julho para os 33 técnicos que não foram contemplados;
- dispensa de laudo médico pericial anualmente.
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Apesar de aceitar a proposta, o sindicatos dos metroviários afirmou que irá intensificar a luta contra a privatização do setor. “As privatizações dão errado em qualquer lugar do Brasil e do mundo. Por que os governantes continuam bancando essa política? A nova sede cheia mostrou que a categoria é forte e que não vai ser fácil para o governo Tarcísio privatizar o Metrô”, disse o sindicato paulista.