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Brasil

Lula destaca Minha Casa, Minha Vida em feira da construção e admite desafios: "Ainda tem muita palafita nesse país"

Presença do presidente ocorre em momento de reformulação do programa habitacional que inclui nova faixa para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira (8), em São Paulo, da maior feira da construção civil do país, a Feicon. Durante o evento, ele falou sobre a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, mas reconheceu que ainda há muito a ser feito para enfrentar o déficit habitacional no Brasil.

"Desde que a gente começou o Minha Casa, Minha Vida, já fizemos quase 8 milhões de casas. E ainda temos um déficit de 7 milhões. Significa que estamos enxugando gelo, significa que nós precisamos fazer muito mais", declarou. "É preciso criar mais dinheiro, inventar mais dinheiro, porque nós precisamos resolver o déficit habitacional. Ainda tem muita palafita nesse país", afirmou o presidente.

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A Feicon reúne inovações do setor e conta com a participação de mil empresas brasileiras e estrangeiras. Em 2023, o setor movimentou quase R$ 605 bilhões e gerou mais de 12 milhões de empregos.

Lula visitou estandes, conversou com empresários e participou da cerimônia de abertura do evento, acompanhado de cinco ministros e do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

A presença do presidente acontece em um momento de reformulação do programa Minha Casa, Minha Vida, que deve beneficiar cerca de 120 mil famílias de classe média ainda este ano a nova "faixa 4". A partir de maio, poderão ser financiados imóveis de até R$ 500 mil por famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Antes, o limite era de R$ 8 mil. Os juros são de 10,5% ao ano, inferiores aos praticados no mercado. Ainda não foram definidas as regras para valor mínimo de entrada para imóveis usados.

Os recursos para o programa vêm do Fundo Social do Pré-Sal e da Caixa Econômica Federal. Os imóveis novos poderão ser 100% financiados, com prazos de até 35 anos.

A ampliação do programa também movimenta o setor da construção civil, que aproveitou o evento para criticar os altos custos do crédito no país. Segundo Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, "a indústria da habitação também espera que o ciclo de alta de juros seja revertido. O aumento da Selic, que se aproxima de 15%, sufoca a indústria e abrevia nossa capacidade de investir".

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