Kim Kataguiri defende integração das polícias para combater o crime em São Paulo
Possível pré-candidato do União à prefeitura de São Paulo defende internação compulsória de usuários de crack em entrevista ao SBT News
O deputado federal Kim Kataguiri, possível pré-candidato do União à prefeitura de São Paulo, afirmou, em entrevista ao SBT News, que acredita na integração entre as polícias para diminuir os problemas de segurança pública na capital.
"Integrando a Polícia Militar, eu defendo que a Guarda Metropolitana seja transformada em Polícia Municipal, inclusive para dar mais segurança jurídica às abordagens divulgadas suspeitas, para quando você tem apreensão de droga, para quando você prende assaltante, prende o sujeito que está contrabandeando, o que quer que seja, e depois essa apreensão ser anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, como tem acontecido. Integrar com a Polícia Civil, com a Polícia Federal e Ministério Público para ter a força-tarefa anticrime organizado, como foi feito na Itália contra as máfias, que foi muito bem-sucedido", disse.
Sobre os problemas na Cracolândia, na região central da capital paulista, Kim defende que o tema é de "saúde, segurança e assistência social", e prega "guerra" ao crime organizado.
"A gente tem esses três pontos, por quê? Porque você tem, por um lado, os traficantes, e a gente tem descoberto, com a Operação Verão do Estado de São Paulo, que boa parte da droga que chega na cidade é refinada no litoral, então a prefeitura precisa declarar, e sobre isso eu tenho completa convicção, guerra ao PCC, que hoje domina a cidade de São Paulo, principalmente o seu maior símbolo sendo a Cracolândia".
O deputado federal defende também a internação compulsória de usuários de crack, que ele define como reféns dos traficantes.
"Esse usuário não tem mais pleno controle das suas faculdades mentais, não tem mais autonomia. Além desses casos, falta coragem, vontade política, por parte da prefeitura, para gente fazer esse enfrentamento com internação compulsória. A legislação hoje já permite, não preciso mudar nada na lei federal, internar compulsoriamente o sujeito que não tem mais controle de si próprio. Isso gera muita chiadeira de ONGs de Direitos Humanos, de setores do Ministério Público. Mas fato é que não existe o direito humano de se matar fumando crack, não existe o direito humano de você degradar, invadir ou furtar um estabelecimento comercial, não existe o direito humano", diz.
Voltando aos problemas de segurança pública, Kim defende maior atuação do município no enfrentamento ao crime.
"Hoje em dia, depois a decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu as guardas municipais como força de segurança pública, o município também tem um papel fundamental no enfrentamento da segurança pública, e, digo mais, no Estado de São Paulo, sobre a mesma Polícia Militar, sobre a mesma Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, conduzida pelo Derrite [Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo], meu colega e que tem feito um excelente trabalho. Cidades do interior têm obtido melhores indicadores de segurança pública que a cidade de São Paulo. Pelo contrário, a gente está batendo recorde de furtos de veículos, de assaltos. Antes, você tinha medo de andar com o celular na rua, hoje você tem medo de andar de celular dentro do seu carro, tem medo de que vão quebrar o vidro, então, a situação está bem pior".