Publicidade
Brasil

Justiça do Rio mantém júri popular para policiais acusados da morte de jovem grávida em 2021

Kathlen, de 24 anos, foi atingida por um disparo de fuzil no peito durante uma operação da PM no Complexo do Lins, zona norte

Imagem da noticia Justiça do Rio mantém júri popular para policiais acusados da morte de jovem grávida em 2021
Kathlen Romeu, de 24 anos, era designer de moda, modelo e também trabalhava como vendedora - Redes Sociais / Reprodução
Publicidade

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta terça-feira (30), manter o júri popular para os policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, acusados de envolvimento na morte de Kathlen de Oliveira Romeu, de 24 anos, em junho de 2021.

+ Policiais envolvidos na morte de Kathlen Romeu serão levados a júri popular

A decisão, tomada de forma unânime, foi proferida em 16 de setembro pela 6ª Câmara Criminal, que seguiu o voto do relator e o parecer do Ministério Público do Rio de Janeiro.

A determinação de levar os policiais a júri popular havia sido estabelecida em março deste ano. Na ocasião, a juíza Elizabeth Machado Louro explicou que a decisão foi baseada no laudo da reprodução simulada do caso, que apontou indícios de autoria dos disparos que atingiram Kathlen.

+ Família de Kathlen Romeu presta depoimento no Ministério Público

Com a manutenção da decisão, os policiais irão a julgamento perante cidadãos escolhidos como jurados, que decidirão se eles são culpados ou inocentes. A Justiça ainda não definiu a data do júri.

Policiais absolvidos

Além da acusação de homicídio, os dois policiais militares que irão a júri e outros três agentes respondiam por fraude processual e falso testemunho. Eles foram denunciados sob a suspeita de terem alterado a cena do crime antes da chegada da perícia.

+ PMs são absolvidos por fraude processual no caso Kathlen Romeu

Em agosto deste ano, três desses agentes foram absolvidos dessas acusações, já que a Justiça entendeu que não havia provas suficientes para condená-los. No entanto, para os policiais Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, a decisão de levá-los a júri foi mantida, porque ambos estavam em patrulhamento na região no momento em que Kathlen Romeu foi morta.

Relembre o caso

Kathlen Romeu, de 24 anos, era designer de moda, modelo e trabalhava como vendedora. Ela estava grávida de 13 semanas quando foi atingida por um disparo de fuzil no peito durante uma operação da Polícia Militar no Complexo do Lins, zona norte do Rio, em junho de 2021.

Segundo a denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, os policiais atiraram contra suspeitos de tráfico na região conhecida como Beco da 14, mas erraram o alvo. Os disparos não atingiram os supostos criminosos -que fugiram- e acabaram matando Kathlen.

Poucos dias após o crime, a família de Kathlen foi ouvida pelo Ministério Público. A avó da jovem, Sayonara de Oliveira, relatou que os policiais não prestaram socorro imediato.

“Um dos policiais ainda falou: ‘a senhora sabe quem são eles?’ Eu respondi: ‘meu filho, eu quero a minha neta!’ Eu não sabia quem era quem, só sei que havia muita polícia. Não foram eles que socorreram. Eu pedi, e eles não queriam nem que ela entrasse no carro. Eu falei: ‘me leva nem que for na caçamba’.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade