Goleiro do Grêmio Anápolis leva tiro de bala de borracha de PM após jogo; veja vídeo
Clube cobra punição a policial que atingiu Ramon Souza durante confusão. Jogador precisou ser atendido por UTI móvel

Emanuelle Menezes
Um policial disparou um tiro de bala de borracha contra o goleiro Ramon Souza, do Grêmio Anápolis, durante uma confusão após a partida realizada entre o time e o Centro Oeste, na noite desta quarta-feira (10), no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis (GO). Vídeos registraram o momento em que o jogador é atingido.
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A confusão aconteceu ainda no gramado, após o apito final, em jogo válido pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Nas imagens é possível ver quando Ramon Souza é atingido na perna pelo tiro, disparado por um PM da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). (Veja vídeo abaixo).
O goleiro foi atendido em campo e levado para a UTI móvel, onde foram realizados os primeiros socorros. Ramon foi encaminhado para o hospital e, segundo o Grêmio Anápolis, "não corre risco de vida ou de perder a perna atingida".
"Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas", repudiou o Grêmio Anápolis em nota.
O clube também informou que adotará medidas "para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita".
O Ministério do Esporte repudiou a ação da Polícia Militar, que classificou como "desproporcional e violenta". "Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte", diz a nota.
Ainda segundo a pasta, é preciso uma revisão dos procedimentos de atuação policial nos estádios, pautada pelo respeito aos direitos humanos.
"Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol", completa o ministério.