Entidades em São Paulo preparam o envio de doações para desabrigados no Rio Grande do Sul
Cruz Vermelha Brasileira está com 90 voluntários, trabalhando 24 horas por dia
SBT Brasil
Em meio a tragédia que assola o Rio Grande do Sul, entidades em São Paulo estão preparando o envio de doações para os desabrigados e vítimas das enchentes, causadas pelos fortes temporais. Só a Cruz Vermelha conta com 90 voluntários, trabalhando 24 horas por dia.
O primeiro carregamento, com 13 toneladas de doações feitas ao Fundo Social de São Paulo, partiu de avião na noite de ontem. Já nesta terça-feira (7), pela manhã, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da base aérea de Guarulhos com mais 34 toneladas.
Outros aviões da FAB partirão de São Paulo, entre eles o que levará as doações do projeto "Amigos da Rua e seus Pets", que decidiu reverter tudo o que arrecadar para as vítimas das enchentes.
"Estamos focados no Sul. Na sexta-feira, vai sair em um avião da FAB tudo o que for arrecadado essa semana”, disse Cláudio Carvalho, que faz parte do projeto.
Uma ajuda inusitada veio de Ana Júlia. A estudante completou 15 anos no último sábado e, em vez de presentes, pediu aos 250 convidados da festa doações de cestas básicas, que foram entregues nesta terça-feira. "Pensar que eu pude fazer diferença e que qualquer pessoa que queira fazer, consegue também”, disse a estudante ao SBT.
Um dos principais pontos de entrega de doações em São Paulo fica na sede da Cruz Vermelha, na zona sul da cidade. No local, um centro logístico foi montado, onde 90 voluntários se revezam 24 horas por dia para receber as doações.
Em alguns momentos, há fila no drive-thru. Água, produtos de higiene e limpeza, alimentos, ração animal, roupas. Tudo que chega é pesado, separado e embalado. Em cinco dias, já são 30 toneladas, e a primeira remessa será enviada para os gaúchos no próximo sábado.
"Temos que estruturar para que as doações sejam entregues da melhor forma possível, para não dar trabalho lá. Por isso, montamos uma linha de produção para separar as coisas como precisam chegar lá”, explica Bruno Semino, diretor executivo da Cruz Vermelha de São Paulo.