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Brasil

Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França

Estudo do MapBiomas mostra que bioma já perdeu 18,7% da vegetação nativa, com avanço da agropecuária, mineração e silvicultura

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Área da Amazônia desmatada | Divulgação Polícia Federal/Agência Brasil
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A ocupação humana acelerada nos últimos 40 anos colocou em risco a capacidade da Amazônia de manter o equilíbrio climático do planeta.

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Segundo análise do MapBiomas, divulgada nesta segunda-feira (15), entre 1985 e 2024 o bioma perdeu 52 milhões de hectares de vegetação nativa — uma área equivalente ao território da França.

A conversão para atividades humanas já alcança 18,7% da floresta, sendo 15,3% diretamente ocupados por pecuária, agricultura, silvicultura e mineração.

Para os pesquisadores que trabalharam no levantamento, a Amazônia brasileira se aproxima do chamado “ponto de não retorno”, previsto pela ciência quando a perda chega a 20% a 25%. Nesse estágio, a floresta não teria mais capacidade de se regenerar.

Entre outros motivos, algumas atividades intensificaram o desmatamento na região. O setor de pecuária saltou de 12,3 milhões de hectares em 1985 para 56,1 milhões em 2024.

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A agricultura cresceu 44 vezes no período, alcançando 7,9 milhões de hectares, com a soja ocupando 74,4% dessas áreas. Já a silvicultura teve aumento proporcional de 110 vezes, e a mineração subiu de 26 mil para 444 mil hectares.

O estudo mostra ainda que 95% da vegetação perdida eram áreas de floresta, o que contribuiu para a redução de 2,6 milhões de hectares de superfícies alagadas.

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O Ministério do Meio Ambiente afirma que tem intensificado o combate ao desmatamento. Entre as ações estão a criação da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento (CIPPCD), o monitoramento em tempo real do Inpe, investimentos de R$ 318,5 milhões em fiscalização e o retorno do Fundo Amazônia para financiar projetos sustentáveis. A meta do governo é zerar o desmatamento ilegal até 2030.

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