Com Lula e Moraes na tribuna, comandante do Exército diz que soldados devem ser defensores da Constituição
Em cerimônia do Dia do Soldado, Exército Brasileiro também homenageou medalhistas olímpicos em Paris, como a judoca Beatriz Souza e militares que atuaram no RS
Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes na tribuna, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que o dever dos soldados brasileiros não devem descuidar da ética e respeitar a Constituição Federal.
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Ele afirmou ainda que os militares podem ser "temidos pelos adversários", mas "nunca por seu povo, sua pátria, de quem são garantias e o último reduto de defesa".
"Esses são os soldados que o país quer: cidadãos brasileiros comprometidos com as leis e defensores da nossa Constituição. Capazes de combater dia e noite, sob sol e chuva, sob frio intenso ou calor, em todas as regiões de nosso país, e aptos a combinar rusticidade e resistência com tecnologia e inovação", disse Paiva na leitura da Ordem do Dia.
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A cerimônia foi marcada por homenagens aos atletas olímpicos militares que disputaram as Olimpíadas em Paris, como os medalhistas sargento Guilherme Schmidit (bronze no judô por equipes) e sargento Natinha (vôlei de quadra). A sargento Beatriz Souza, que conquistou medalhas de ouro e bronze no judô, também foi homenageada. Atletas militares receberam a medalha do Exército Brasileiro.
As campeãs olímpicas Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, também receberam a homenagem, mas não marcaram presença no QG em Brasília.
Na leitura da Ordem do Dia, o general Tomás Paiva também marcou homenagens a membros do Exército que atuaram na Terra Indígena Yanomami para combater garimpo ilegal, desmate e incêndio ilegal nos biomas brasileiros. Paiva também citou a atuação dos militares na ajuda aos resgates a vítimas das enchentes pelo Rio Grande do Sul.
"No Sul, irmanado ao povo gaúcho e a diversas instituições na Operação Taquari II, todo o efetivo disponível contribuiu para a maior resposta de solidariedade que o Estado brasileiro poderia dar, empregando a totalidade dos meios necessários no resgate de mais de 71.000 pessoas e 10.500 animais. Tem sido assim na extensa faixa de fronteira, em localidades nas quais, às vezes, vivem os soldados, suas famílias e mais ninguém", disse o general.
Restrições orçamentárias
Ao exaltar ações do Exército, Tomás Paiva também criticou as restrições orçamentárias e ressaltou necessidades da compra de armamentos, veículos e demais artefatos militares.
"Mesmo sob os efeitos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis, meios militares imprescindíveis que foram à dotação de material da força, aumentando nossa capacidade de cumprimento de missão", disse.