Cão da PM salta de paraquedas em treinamento tático em SP
Coyote, um pastor belga malinois, é o primeiro cachorro da Polícia Militar a participar de salto de paraquedas em Boituva, no interior de São Paulo

SBT News
O cão policial Coyote fez história ao ser o primeiro da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) a realizar um salto de paraquedas durante um treinamento de intervenção tática em Boituva, no interior. O pastor belga malinois, de três anos, atua no Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e agora poderá ser acionado em ocorrências ou operações de salvamento nas quais a utilização de aeronaves seja necessária.
"Quando o Coyote chegou aqui no Canil [da PMESP], era muito agressivo, desde filhote. Porém, ele foi treinado com os melhores adestradores da Polícia Militar, que pertencem ao 5º Batalhão de Policiamento de Choque, para que ele soubesse quando e onde usar toda aquela agressividade", explicou o cabo Diego Albuquerque, tutor do animal.
O cão foi selecionado para o salto após ter participado de diversas ocorrências e treinamentos semelhantes, como o rapel. Segundo o cabo Albuquerque, desde o embarque no avião até o momento do salto, Coyote se manteve tranquilo, mesmo utilizando todo o equipamento necessário para a atividade.
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A Polícia Militar destacou que o treinamento tem grande relevância, pois amplia a capacidade operacional da corporação. Agora, segundo a PM, o cão, que já é altamente treinado para detectar suspeitos e auxiliar na imobilização, pode participar de operações em locais de difícil acesso, onde o uso de aeronaves e intervenções rápidas são essenciais.
"Vamos supor que haja um indivíduo suspeito dentro de uma casa em uma cidade onde não há aeroporto ou campo de pouso. Uma equipe vai de viatura por terra e, a outra, pode saltar de paraquedas e já chegar no local rapidamente", exemplificou o policial. "Faz toda a diferença."

Os adestradores também trabalham para que os cães gostem das atividades desempenhadas. O reforço positivo, com recompensas ao final de cada ação, faz parte do processo de adestramento.
Além do aspecto técnico, há também o vínculo emocional entre o tutor e o cão. O cabo Albuquerque afirmou que pretende adotar Coyote quando ele se aposentar, assim como fez com Ghost, seu antigo parceiro canino.
"Desde que entrei na Polícia Militar, o intuito sempre foi servir no Canil. Sempre tive afinidade com cachorro e acho que tê-lo como aliado no serviço policial traz muitas vantagens no atendimento da ocorrência e, consequentemente, na proteção da sociedade. No dia a dia, trabalhando com eles, não tem como a gente não se apegar. Já adotei um e, quando o Coyote precisar se aposentar, vou levar ele comigo também", completou o policial.