Buscas por criança indígena desaparecida no Tocantins entram no 7º dia
Com auxílio de drones, câmeras térmicas e cães farejadores, força-tarefa tenta localizar menino de 12 anos, no Parque Nacional do Araguaia
Bombeiros e policiais militares do Tocantins e do Mato Grosso realizaram, neste sábado (27), o sétimo dia de buscas por um menino indígena, de 12 anos, que está desaparecido. Integrantes de aldeias da região também participaram da força-tarefa, que já conta com 70 pessoas, além do apoio de drones, câmeras térmicas e cães farejadores.
A criança foi vista pela última vez no dia 21 de janeiro, perto da aldeia de Macaúba, onde morava. O local fica entre as cidades de Santa Terezinha e Pium, no Parque Nacional do Araguaia.
"Trata-se de uma região de difícil acesso, de mata densa, com bastante córregos e pouca visibilidade, e isso realmente dificulta até para ver de cima, olhando com uma aeronave ou com drones, que nós temos lá também, ajudando nessas buscas", explicou o porta-voz da Polícia Militar do Tocantins, major Marcos Morais.
O menino, que tem transtorno mental, estava acompanhado de quatro cachorros, que voltaram para a aldeia, depois de alguns dias. Durante as buscas, ele teria sido avistado duas vezes. Parentes relataram aos bombeiros que um vaqueiro teria visto a criança no mesmo dia do desaparecimento, mas, por tratar-se de um indígena, ele não teria desconfiado que o garoto estivesse perdido.
Na última quarta-feira (24), um cacique de uma aldeia da região também afirmou ter visto o menino, porém, a criança teria fugido assim que ele se aproximou.
As buscas deste sábado precisaram ser interrompidas, em diversos momentos, devido aos fortes temporais. "A gente está precisando controlar a ida e a volta das equipes. Precisa ter esse controle para a questão da segurança, não só dos bombeiros, mas principalmente das equipes que estão auxiliando", afirmou o comandante da Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS), major Silvano Lopes.
A região onde o menino desapareceu é cercada pelos rios Araguaia e Javaés. Bombeiros alertam para riscos da variação de temperatura, entre dia e noite, e até mesmo dos ataques de animais selvagens.
"Foram encontrados rastros dele, que supõe-se ser dele, a mais ou menos 18 quilômetros do local de onde ele teria se perdido. Então, essas buscas permanecem no intuito justamente de ampliar essa área, para que a gente veja se consegue alcançar o máximo possível de distância, correndo contra o tempo, inclusive para encontrá-lo com vida", concluiu o porta-voz da PM do Tocantins.