Brasil tem taxa de nascimento de prematuros acima da média global
Em 2023, quase 13% dos nascimentos foram antes do marco, o que representa 300 mil casos
SBT News
Em 2023, quase 12% dos nascimentos no Brasil foram considerados prematuros, de acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde. Cerca de 300 mil bebês prematuros nasceram no ano, o que coloca o país acima da média global, que é de 10%. O Brasil também está entre os dez países com maior número de nascimentos prematuros.
+ Freira brasileira do Rio Grande do Sul se torna a pessoa mais velha do mundo, diz instituto
A gravidez dentro do tempo adequado dura entre 37 e 42 semanas, por isso é comum falar em "nove meses" de gestação. A prematuridade ocorre quando o bebê nasce antes da 37ª semana de gestação, o que pode resultar em riscos maiores problemas de saúde e dificuldades respiratórias e de alimentação.
Causas
A maior parte desses casos pode ser prevenida e fatores sociais, como falta de acesso à saúde e à educação são determinantes para o maior número de nascimentos prematuros, inclusive o alto índice de gravidez na adolescência. Isso porque a ruptura prematura da bolsa é mais frequente em gestantes adolescentes ou com idades mais avançadas, pessoas com alguma malformação uterina, mal nutridas. Pessoas que ingerem bebidas alcoólicas, fumam ou usam outras drogas durante a gravidez também possuem maior risco.
+ Queda de helicóptero deixa dois feridos em Santa Catarina
No entanto, mesmo nas situações em que a causa não pode ser revertida, a gestante pode ser monitorada com maior atenção ou até ficar internada em um hospital, e receber medicamentos para acelerar a maturidade dos órgãos.
A grande quantidade de cesarianas do Brasil também contribui pra esse cenário. De acordo o Ministério da Saúde, em 2023, quase 60% dos nascimentos ocorreram via cirurgia.
Outras causas do nascimento prematuro são as infecções bacterianas, como a urinária, e as de transmissão sexual, que podem ser evitadas ou detectadas no início e tratadas.
A hipertensão também pode provocar partos prematuros, além de ser a maior causa de morte materna e perinatal do Brasil. Cerca de 15% das gestantes têm a doença durante a gestação e um quarto dos partos prematuros ocorrem por esse motivo.
*Com informações da Agência Brasil