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Brasil

Brasil precisa investir R$ 1,97 trilhão em 10 anos para zerar déficit habitacional

De acordo com especialistas da Cbic, para resolver o problema da moradia na próxima década, o país precisaria construir 1,2 milhão de habitações por ano

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Um levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revelou, nesta quarta-feira (3), que o Brasil precisaria investir R$ 1,97 trilhão em moradias até 2033 para acabar com o déficit habitacional. O dado corresponde a um aporte anual de R$ 197,5 bilhões.

A pesquisa ainda aponta que o déficit habitacional do Brasil é de 6,3 milhões de domicílios, levando em conta a falta de moradias e também aquelas que estão em condições inadequadas.

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Ao SBT, a dona de casa Maria Luiza conta que ajuda a receber encomendas de vizinhos que moram na comunidade, mas não têm endereço constituído. “Algumas pessoas entregam na minha casa, tem outros lugares que também recebem. Sem endereço. Quando dá, vem pegar. Quando não perde o que entregaram”, explica.

De acordo com especialistas, para resolver o problema da moradia nos próximos dez anos, o país precisaria construir 1,2 milhão de habitações por ano. Ou seja: é necessário dobrar a produção atual. O investimento seria de quase R$ 2 trilhões.

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Somando o déficit, que vem do passado, e a demanda atual de moradias, o Brasil precisa de aproximadamente 12 milhões de habitações. “Precisamos ter condições de solucionar esse passivo, esse déficit que nós temos. Porque se não, ele pode vir a crescer e avolumar mais ainda”, diz Ieda Vasconcelos, economista e autora do estudo.

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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção vê no ambiente econômico atual a possibilidade de começar a mudar essa situação. “Já há um movimento de integração de governos estaduais e de municípios com o governo federal, através do Minha Casa, Minha Vida Cidades. A ampliação desse modelo é importante”, explica Renato Correia, presidente da Cbic. “Nós sabemos da dificuldade fiscal do governo em investir em estrutura, mas é um ambiente para que o capital privado possa fazer frente e se estimular a investir em infraestrutura."

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