Arquidiocese afasta padre após sermão contra petistas e ministro do STF
Fiéis procuraram a instituição após missa ministrada pelo padre Alcione Leal no fim de semana
Vicklin Moraes
Jonas Kauffman
Um padre foi afastado, nesta quinta-feira (11), após pregações contra eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante uma missa em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Segundo relatos dos fiéis, o padre Alcione Leal teria afirmado que "o Brasil vive sob uma ditadura comandada pelo Poder Judiciário", referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes como "cabeça de ovo", e dizendo que é ele quem manda no país. Também fez referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual chamou de "nove dedos" e de "governante mais mentiroso do mundo".
Por fim, o padre afirmou que "católico que vota no PT é comunista, e comunistas vão para o inferno". O sermão foi em uma missa, no dia 7 de julho.
Após as falas, os fiéis procuraram a arquidiocese e a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT). Os deputados Pedro Kemp e Zeca do PT encaminharam uma moção de repúdio à Arquidiocese da cidade. Após isso, a instituição informou o afastamento do pároco.
De acordo com a assessoria do deputado Pedro Kemp, o parlamentar deve encaminhar na próxima semana uma denúncia para o Ministério Público Estadual. O deputado Zeca do PT informou que fará o mesmo, mas diretamente no STF.