Aluno de 8 anos é internado após ingerir soda cáustica na escola
Caso foi registrado em Lagoa Santa (MG); produto tóxico estava em garrafa de energético, dentro da sala de aula
Primerio Impacto
Um aluno de apenas 8 anos foi internado com intoxicação após ingerir soda cáustica dentro de uma escola em Lagoa Santa (MG), na última segunda-feira (12). O menino Pietro estava na sala da Escola Municipal Lívio Mucio Conrado Silva quando ingeriu o produto.
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O item seria de uma professora da escola e estava dentro de uma garrafa de energético, sem identificação do conteúdo, usado para limpeza de fornos e chapas.
Segundo a professora, como consta no boletim de ocorrência, o produto foi entregue por uma funcionária. A docente guardou a garrafa junto da bolsa. Depois, um outro aluno encontrou o recipiente, na ausência da professora, e ofereceu a Pietro. A professora afirmou que havia um agente do serviço escolar dentro da sala, com as crianças.
O menino, inicialmente, foi para um posto de saúde perto da escola e, diante da gravidade, levado à Santa Casa de Lagoa Santa e, depois, ao Hospital João XXIII.
Pai questiona falta de ação da escola
A criança não corre risco de morte e está em recuperação. “Ele continua no CTI, sedado. Vai passar por uma endoscopia e sobre as informações da escola, foi realmente isso que aconteceu”, começou Fernando Magalhães, pai do pequeno Pietro.
“A escola não deu suporte nenhum, não disponibilizou transporte, deixou com que a professora chamasse um Uber para que pudesse levar ele. Ela não estava encontrando um Uber e a cena que eu presenciei foi lamentável, de chegar do meu serviço no posto de saúde, ver o chão todo ‘vomitado’, cheio de sangue, com meu filho passando mal. Minutos depois que cheguei na Santa Casa, apareceu diretora, secretário de educação, entre outros. Mas, para socorrer o meu filho na hora eles não tinham disponibilidade. Mas, para ir lá depois, fazer o quê, eu não sei. Pra prestar solidariedade? Eu precisava de prestação do serviço deles, momentâneo, naquela hora”, lamentou Fernando.
Em nota, a Secretaria Municipal afirmou que vai abrir uma sindicância para apurar como a garrafa com soda cáustica foi parar na sala de aula, já que não é um produto de uso da unidade escolar. A pasta e a escola afirmam que “acompanham de perto o caso e prestam o apoio necessário nesse momento”.