Defesa Civil de Maceió inclui 1.289 imóveis na área de risco de afundamento do solo
MPF pediu à Justiça o bloqueio de R$ 1 bilhão da Braskem para indenizar esses moradores
SBT News
A Defesa Civil de Maceió incluiu 1.289 imóveis na área de risco de afundamento do solo. O problema envolve mais de cinco mil moradores.
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O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça o bloqueio de R$ 1 bilhão da Braskem para indenizar esses moradores. A mineradora disse que vai recorrer.
Os moradores desta rua de Maceió estão preocupados. Eles tiveram os imóveis incluídos no chamado mapa de ações prioritárias. A área de risco foi ampliada, a pedido do MPF, diante dos tremores no terreno e do desabamento da mina 18 da Braskem.
"A gente precisa que essa decisão judicial seja cumprida, pra garantir a saída dessas pessoas, caso elas assim desejem, que elas saiam com dignidade e com a garantia da indenização", afirma Roberta Bomfim, procurado da República.
Desde 2018, quando surgiram as primeiras erosões, 14 mil imóveis de cinco bairros foram esvaziados. A mineradora informou, em nota, que a região é constantemente monitorada e que não existem estudos técnicos indicando a necessidade de novas desocupações. Por esse motivo, vai recorrer da decisão.
Os técnicos da Defesa Civil ainda não conseguem avaliar a extensão do desabamento do poço 18 tomada pelas águas da Lagoa Mundaú. O desastre, ocorrido no domingo, acelerou a instalação de uma CPI no Senado Federal para investigar as responsabilidades pelo afundamento do solo no setor de mineração.
Um novo equipamento, instalado após o desabamento, vai apontar se o solo continua cedendo. A Braskem perfurou 35 minas de sal-gema, que agora estão desativadas. Ela vinha preenchendo os poços perfurados com areia e técnicas de pressurização, mas, diante dos riscos, os trabalhos foram suspensos.