Braskem cancela participação na COP28 em meio à possível colapso de mina em Maceió
Empresa participaria de discussões sobre o papel da indústria na economia circular de carbono neutro
Camila Stucaluc
A Braskem decidiu, na 2ª feira (4.dez), cancelar a participar na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em comunicado, a empresa afirmou que a medida acontece em meio à crise em Maceió, onde uma mina da petroquímica pode desabar a qualquer momento.
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A participação da Braskem na COP28 estava agendada para os dias 8 e 11 de dezembro. Nas datas, a petroquímica estaria à frente de discussões sobre o papel da indústria na economia circular de carbono neutro -- método importante para compensar e balancear as emissões de gases de efeito estufa e auxiliar a conter a crise climática.
"A Braskem está acompanhando a COP e todas as discussões sobre mudanças climáticas. Nos últimos dias, diante do agravamento da crise de Maceió, achou melhor cancelar sua participação em alguns painéis para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer", explicou a empresa.
O possível colapso da mina nº 18 da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no Mutange, vem sendo assunto desde a última semana. Segundo a Defesa Civil, a velocidade de afundamento do solo está em 0,25 cm por hora. Em meio ao cenário, a entidade acionou alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina.
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O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), foi a Brasília para se reunir com autoridades federais e tratar do risco iminente de desabamento da mina. "Precisamos agora de unidade, precisamos do governo federal, porque além da tragédia ambiental, temos uma tragédia social", disse em encontro com o presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos).