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Brasil

Meninos sofrem racismo em supermercado do Rio de Janeiro (RJ)

Crianças de 11 e 13 anos foram abordados por seguranças e um deles foi obrigado a levantar a blusa para provar que não furtou

Imagem da noticia Meninos sofrem racismo em supermercado do Rio de Janeiro (RJ)
Fachada de supermercado, com movimentação de pessoas e carrinhos estacionados na frente
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Dois meninos, de 11 e 13 anos, sofreram racismo em um supermercado o bairro do Colégio, zona norte do Rio de Janeiro (RJ), no último domingo (26.nov). A família denunciou o caso à polícia. 

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Segundo os parentes, as crianças foram abordadas pelos seguranças e um deles foi obrigado a levantar a blusa para provar que não tinha furtado nenhum item.  

A violência do racismo estrutural, já encarada por várias crianças negras no país desde os primeiros anos de vida, deixou os garotos traumatizados. "Eu senti muita tristeza lá na hora, vergonha, medo. Porque eu pensei que eles iam fazer alguma coisa com a gente", conta o menino de 13 anos. 

"[Me senti] humilhado, ?tava se? tremendo quando cheguei em casa, até falei com minha mãe. Eu tenho medo de voltar lá, agora que eles fizeram isso comigo", disse o garoto mais novo. 
 
Os familiares afirmaram que essa foi a primeira vez que os meninos foram sozinhos ao estabelecimento. A dupla foi ao local para comprar produtos para o almoço, mas, quando chegaram, foram seguidos - típica prática em estabelecimentos onde a presença negra é vista como suspeita - e revistados por três seguranças. 

Segundo o relato de um dos meninos à mãe, o segurança o acusou de ter furtado um produto e, ainda, disse que era para o menino "não fazer o que ele estava acostumado a fazer". 

"Se fosse duas crianças brancas entrando ali, poderia estar da mesma forma que eles, será que teria esse tipo de preconceito? Que ficaria seguindo as crianças pelos corredores?", questiona Mariella Natália, mãe de um dos meninos. 

A Polícia Civil investiga o caso. Em um vídeo, a mãe de um dos meninos retornou ao mercado e conversou com um homem que teria presenciado a abordagem racista. O mercado ainda não se manifestou sobre o caso e a conduta dos seguranças. 

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