Enel diz que falta ainda restabelecer a energia de 107 mil clientes em SP
Temporal de 6ª feira deixou várias regiões da capital paulista sem luz
SBT News
A Enel Distribuição São Paulo informou na noite desta 3ª feira (07.nov) que resta normalizar o fornecimento de energia para cerca de 107 mil clientes que foram impactados pelo vendaval na última 6ª feira (03.nov). A empresa disse que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e que têm trabalhado de forma incansável para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica, garantindo a energia para todos.
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Mais cedo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que iria entrar na Justiça caso a Enel não restabelecesse a energia elétrica para 100% da população da cidade até o final desta 3ª feira. O prazo foi dado pela própria concessionária paulista, que segue trabalhando para normalizar o serviço, impactado pelo temporal do último dia 3, em 180 mil casas.
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"Eu vou entrar na Justiça. Ele [Max Xavier Lins, diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo,] fez um compromisso público comigo. Isso tem valor de contrato", disse Nunes. "A gente precisa avançar um pouquinho mais na questão da regulação. Me parece que é preciso melhorar um pouco mais o nível de responsabilização", acrescentou.
A declaração de Nunes foi dada na noite de 2ª feira (6.nov), após reunião com o governador do estado, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes. Ambos os políticos reforçaram a necessidade de urgência do restabelecimento total de energia em São Paulo, bem como agilidade no ressarcimento de clientes prejudicados pelo longo período sem luz.
"O ressarcimento já é regulado, é uma coisa que já acontece, o que nós pedimos é agilidade. A gente entende a situação das pessoas, elas sofreram e a proposta é ter um plano especial de atendimento, algo que saia do rito ordinário e seja tratado como uma questão extraordinária, olhando o pequeno comerciante e o consumidor de baixa renda que teve prejuízo", disse Tarcísio.
Na última 6ª feira (3.nov), o estado de São Paulo foi atingido por um forte temporal, que provocou rajadas de ventos de mais de 100 km/h. A força da chuva derrubou centenas de árvores e provocou graves danos à infraestrutura elétrica, deixando cerca de 4 milhões de endereços sem energia por dias em todo o território paulista. Oito pessoas morreram.