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Brasil

Laudo aponta que bala que matou PM da Rota não saiu de arma apreendida pela polícia

Segundo o documento, a perícia da pistola 9 mm encontrada quatro dias após o crime, verificou a "discordâncias entre os projéteis (testemunha e incriminados)"

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Soldado morto durante patrulhamento em comunidade no Guarujá, litoral de São Paulo
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A bala que matou o soldado Patrick Bastos Reis, da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) em Guarujá, no litoral de São Paulo, não saiu da arma apreendida pela polícia, segundo o laudo da perícia de confronto balístico do qual o SBT News teve acesso nesta 5ª feira (19.out).

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O armamento foi encontrado em um beco, no dia 31 de julho, quatro dias após o crime, e foi atribuído a Erickson David da Silva, o Deivinho, que havia se entregado à polícia no dia anterior e está preso desde então. Além dele, foram presos Kauan da Silva, de 19 anos, irmão de Deivinho e outro homem. Um quarto suspeito de participar do assassinato do policial da Rota foi morto em um confronto com a PM.

De acordo com a perícia, a pistola semiautomática calibre 9 milímetros passou por testes no qual verificou-se a "discordâncias entre os projéteis (testemunha e incriminados), nos elementos de ordem genérica (profundidade, largura e distância entre impressões de raias) e, sobretudo, nos elementos de natureza específica (estriamentos finos), que como se sabe, são individualizadores em exames microcomparativos"

Em nota, a defesa de Erickson Silva e Kauan Silva afirmou que, "com base nas evidências técnicas apresentadas, ambos estão isentos de responsabilidade no âmbito das alegações que lhes foram imputadas" e que continuará trabalhando "para demonstrar a inocência de ambos". 

Relembre o caso

O soldado Patrick Bastos Reis, do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), morreu após ser baleado no tórax, com um disparo de pistola 9 mm, quando realizava um patrulhamento com outros três policiais nas proximidades da comunidade Vila Zilda, no Guarujá, em 27 de julho. Patrick, que tinha 30 anos, estava na corporação há 5 anos. Ele deixou a esposa e um filho de dois anos.

Após a morte do soldado, a Secretaria de Segurança Pública iniciou a Operação Escudo, que teve um mês de duração, e registrou a morte de 22 pessoas, 634 presos e 900 kg de drogas apreendidos. A reação da PM gerou controvérsias, após moradores de comunidades do Guarujá denunciarem que policias teriam torturado e matado inocentes, em uma espécie de vingança. 

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