Apenas 11% dos jovens brasileiros fazem cursos técnicos profissionalizantes
Número fica muito abaixo da média de outros países, segundo estudo internacional
Fernanda Trigueiro
Apenas 11% dos jovens brasileiros fazem cursos técnicos profissionalizantes. Alguns destes cursos são específicos para atender alunos de escolas públicas.
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Uma parceria com empresas garante vagas no mercado de trabalho para a maioria dos estudantes que não conseguem, ou mesmo não querem, ingressar no ensino superior.
A estudante Malu Dias, de 20 anos, não tem tempo a perder. Daqui a dois meses, quer estar pronta pra trabalhar: "aqui é como se fosse uma preparação pra eu chegar já sabendo fazer".
Ela faz o curso técnico de administração em um instituto que fica na zona norte da capital paulista. Em 25 anos, mais de 43 mil jovens se formaram por lá. Os programas de capacitação são de graça e atendem alunos que vieram de escolas públicas. Uma parceria com empresas levou a maioria ao mercado de trabalho.
Um estudo internacional sobre o sistema de educação mostrou, porém, que no Brasil apenas 11% dos estudantes - com idades entre 15 e 24 anos - estão matriculados em cursos como estes. A média dos outros países é bem maior, de 35% dos 15 aos 19 anos e 65% de 20 a 24 anos.
A especialista em educação Claudia Costin afirma que para atrair os estudantes é necessário divulgar e investir mais nos cursos: "parte do problema é que há uma visão preconceituosa em relação ao ensino técnico, como se ele fosse de segunda linha, quando, na verdade, não é. Há muitas vagas de trabalho que atenderiam esses profissionais".
