Dia Mundial do Agrônomo: profissionais são os responsáveis pela transformação no campo
Profissional participa de todo a produção: do preparo das sementes até a distribuição da safra
Raissa Lomonte
Hoje (13.set) é Dia da Agronomia, área que reúne técnicas para aprimorar produtos agrícolas e pecuários e, comemora-se também, o Dia Mundial do Agrônomo, profissional que participa de todo o processo de produção: desde o preparo das sementes até a distribuição da safra para o consumidor final. A profissão é regulamentada e hoje conta com 125 mil registros no Sistema Confea/Crea.
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"É o profissional habilitado a dar assistência técnica integral ao produtor rural ajudando em todos os aspectos: todo tipo de criação animal (gado, peixes, aves, abelhas), em toda produção agrícola (culturas anuais como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e culturas perenes como café, manga, abacate, cacau, coco, eucalipto). Como profissional eclético também atua em engenharia rural como construções rurais que vão desde pequenas barragens, estradas rurais, estábulos", explica Gilberto Fugimoto, diretor da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (CONFAEAB).
Mas, a atuação desses profissionais vai além do campo e está relacionada também a pesquisa, como ressalta o representante do setor. "O engenheiro agrônomo desenvolve produtos e técnicas mais adequadas às diferentes realidades, dimensões e biomas dos produtores rurais. Além da pesquisa, o ensino agropecuário também é um segmento de atuação do engenheiro agrônomo", complementa. Para além da porteira, o engenheiro agrônomo trabalha na fiscalização da produção e comercialização produtos vegetais e na rastreabilidade, garantindo a qualidade do produto ao consumidor.
Fora das áreas tipicamente rurais, um trabalho burocrático é feito pelos engenheiros, como regularização fundiária, regularização ambiental, crédito rural, seguro rural e avaliação de imóveis . "Até no futebol e no golfe os gramados esportivos têm a tecnologia agronômica ali desenvolvida as novas fronteiras tecnológicas abrem novos desafios e oportunidades ao engenheiro agrônomo atuando com drones, imagens de satélite, cultivo indoor (aquele feito em estufas e estruturas de alta tecnologia)", diz o diretor do CONFAEAB.
MULHERES GANHARAM ESPAÇO
E, se antes era um meio masculinizado, hoje se tornou heterogêneo como avalia a agrônoma Flávia Januário Sterckert, de Santa Catarina, que vem de uma família do agronegócio. "Na época do meu pai tinha uma mulher no curso de agronomia, já na minha época eram 50% mulheres e 50% homens. Hoje trabalho aqui com duas agrônomas a campo comigo fazendo um trabalho em limpeza de tanque, então, são áreas em que as mulheres estão cada vez mais presentes e os homens estão se acostumando. Havia no passado uma estranheza, mas era porque de fato não havia esse convívio como é hoje", relata. Confira o bate papo completo com a profissional sobre a rotina e importância dos profissionais no canal do SBT News.