Entenda as diferenças entre os colégios militares e os cívico-militares
Tradicionais escolas administradas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica não serão afetadas por decisão do governo federal
Por meio de decreto, na última 6ª feira (22.jul), o Ministério da Educação (MEC) encerrou oficialmente o Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim). Com o fim do modelo, implementado durante a gestão de Jair Bolsonaro, surgiram dúvidas sobre a manutenção de outros modelos de escolas que contam com a presença de militares na gestão.
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Escolas militares e administradas pelas polícias e bombeiros estaduais não serão atingidas pela decisão do governo federal. Entenda a diferença entre elas:
Escolas cívico-militares
O modelo cívico-militar, até então financiado pelo Pecim, estabelece uma parceria entre servidores da rede pública e militares da reserva. Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são ministradas por professores civis. Os militares atuam fora da sala de aula, como monitores, principalmente, de questões disciplinares.
As escolas cívico-militares são públicas, ligadas à rede municipal ou estadual. Os estudantes não são submetidos a processos seletivos para ingressar nas unidades. O processo de matrícula é o mesmo das escolas regulares da rede pública.
Colégios militares
Os colégios militares federais são geridos pelo Ministério da Defesa, e não pelo MEC. Eles são ligados ao Exército, à Aeronáutica ou à Marinha e são dirigidos e administrados por oficiais. As unidades têm regramentos próprios e os professores são militares que possuem magistério específico ou professores contratados.
Os colégios militares realizam processo seletivo para o ingresso de estudantes (há regras diferentes em cada instituição) e parte das vagas são reservadas para filhos de militares.
Escolas militares estaduais
Criados pelos estados (ou municípios, em alguns casos), são ligadas às secretarias de educação locais e coordenadas por policiais militares ou bombeiros. Os modelos de gestão variam, assim como as políticas de ingresso dos estudantes.