"Estou na UTI, não morri ainda", diz Bolsonaro sobre inelegibilidade
Tribunal Superior Eleitoral declarou ex-presidente inelegível, por ter cometido abuso de poder
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta 2ª feira (3.jul), que "não é justo" já declarar apoio a algum nome para disputar a Presidência em 2026, porque, segundo ele, ter sido declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o faz estar apenas "na UTI".
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"Não é justo aí. Eu estou na UTI, eu não morri ainda. Alguém já querer dividir o meu espólio. Agora, o que eu vejo aqui em nomes nacionais. Não tem o nome ainda com conhecimento do Brasil todo para fazer o que eu fiz ao longo desses quatro anos", pontuou Bolsonaro, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.
"Nós ajudamos a surgir certas lideranças. Você vê o Tarcísio [de Freitas] em São Paulo. Ele é carioca, torcedor do Flamengo, e para ele ir governador em São Paulo. O Zema não se elegeu com eu o apoiando, ele teve o seu trabalho lá, um pouco o pessoal se voltou a ele contra o PT dada a onda contra o PT que surgiu graças ao nosso aparecimento. Outros bons nomes apareceram, mas não tem ainda esse carimbo para falar para o Brasil todo 'estamos juntos para 2026'. Eu espero um pouco mais", complementou.
O ex-presidente afirmou na entrevista também que há união na direita: "Ao longo de quatro anos, a direita não se dividiu. Muito pelo contrário. Se uniu. Hoje eu vejo alguns isentões falando aí: 'ah, a direita tem que se unir. Nem para a extrema-direita, nem extrema-esquerda. Não tem isso. A direita está unida e, mais do que isso, tem conhecimento do que aconteceu ao longo de quatro anos e aprendeu muita coisa. E ela não errou".
O Tribunal Superior Eleitoral declarou Bolsonaro inelegível, na última 6ª feira (30.jun), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
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