Coaches americanos são indiciados por favorecimento de exploração sexual em curso de namoro
O crime prevê de dois a cinco anos de prisão e multa; investigação foi concluída nessa sexta (30.jun)
Dois "coaches de namoro" norte-americanos e um brasileiro foram indiciados pela Polícia Civil por favorecimento de exploração sexual em um suposto curso de namoro realizado em São Paulo. O crime prevê pena de dois a cinco anos de prisão e multa. A investigação foi finalizada nessa 6ª (30.jun).
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Os dois americanos, que usam os nomes fictícios David Bond e Mike Pickupalpha, fazem parte do grupo Millionaire Social Circle, que oferece cursos com supostas dicas e táticas para conquistar mulheres.
Em fevereiro, os "instrutores de paquera" estiveram na capital paulista e deram uma festa com alunos. As mulheres convidadas para o evento não foram avisadas que serviriam de "cobaia" num curso de conquista amorosa. As aulas foram vendidas na internet e custavam até R$ 260 mil.
A festa virou caso de polícia depois que uma mulher de 27 anos registrou um boletim de ocorrência. Ela disse que conheceu um rapaz por um aplicativo de namoro e foi convidada para o evento. Segundo ela, quase todos os homens no local eram estrangeiros. A festa também reuniu garotas menores de idade. O brasileiro indiciado, Fabricio Castro, ajudou os americanos na locação do imóvel onde foi realizado o encontro, no bairro do Morumbi.
Em março, a Embratur acionou a Polícia Federal para pedir uma investigação sobre o grupo.
Com a repercussão do caso no Brasil, os integrantes do Millionaire Social Circle fizeram uma live em que reclamaram da repercussão e se disseram falsamente acusados de turismo sexual.
