Registro de armas de fogo cai 53% nos primeiros cinco meses de 2023
Queda também foi registrada no número de porte; apreensões aumentaram 60%
Camila Stucaluc
O número de registros de armas de fogo caiu 53% nos primeiros cinco meses de 2023, passando de 98.435, em 2022, para 46.363. Os dados, divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, apontam que, no período, o Brasil contabilizou 345 novos registros de armas por dia, ante 687 no ano passado.
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Também houve queda no número de porte de armas. Em 2022 havia 15.013 registros, enquanto neste ano o número passou para 6.620. Já em relação às apreensões, a Polícia Federal contabilizou um aumento de 60% nos primeiros cinco meses do ano, totalizando 3.259 armas ilegais. No ano passado, o total era de 2.031.
"As estatísticas corroboram o fato de que há falsificação quando dizem que a restrição de armas levaria à disparada de crimes violentos no Brasil", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. "Temos, sim, eficácia maior no controle do armamentismo irresponsável e ilegal de quadrilhas e organizações criminosas", acrescentou.
Segundo Dino, a pasta continua trabalhando para elaborar novas regras envolvendo armas de fogo. Entre elas estão a implementação de exigências para a abertura de clubes de tiro, como a proibição do funcionamento 24 horas e o impedimento de publicidade na internet ou venda de armas. Os locais também não deverão ser abertos próximos de escolas.
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"Nessa fase final, há alguns arbitramentos que o presidente Lula deve fazer nas próximas semanas. Assim, deveremos ter um novo marco legal que possibilita um retorno a um controle responsável sobre as armas de fogo e que, ao mesmo tempo, mantém a possibilidade de o cidadão comprar arma", explicou o ministro.