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Brasil

Compra de cigarros compromete em média 8% a renda das famílias brasileiras

Estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra o impacto do tabagismo

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No Dia Mundial Sem Tabaco, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra o impacto da compra de cigarros nas famílias brasileiras com fumantes.

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Além do prejuízo à saúde, o tabagismo compromete, em média, 8% da renda mensal dessas famílias, o equivalente a R$ 50 por dia, durante 50 anos.

Era quanto seu Geraldo Carvalho Jr. gastava com cigarro: "em circunstâncias normais, em torno de duas carteiras e meia, por aí".

Há um ano e meio a dependência cobrou um preço mais alto. O aposentado descobriu um câncer de pulmão, parou de fumar, mas contra a vontade: "três vezes na semana, no mínimo, eu passo a noite sonhando que estou fumando. É um vício que entra na alma".

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que, até 2025, sejam diagnosticados por ano, no Brasil, mais de 32.500 novos casos de câncer de pulmão. R$ 125 bilhões é a soma de quanto o país gasta, direta e indiretamente, com doenças relacionadas ao tabaco, e um estudo, também do Inca, divulgado nesta 4ª feira, mostra que além do risco a saúde física e do prejuízo aos cofres públicos, o vício do cigarro também afeta a saúde financeira das famílias brasileiras.

O levantamento concluiu que os gastos com cigarro comprometem, em média, 8% da renda familiar mensal.

"Literalmente queimar dinheiro. Ao gastar com cigarro, você deixa de gastar com alimento saudável, com prevenção, com atividade física", afirma André Szklo, pesquisador do Inca.  

Os gastos variam por região do país. Em estados do norte e nordeste, o percentual da renda comprometido com a compra de cigarros é maior do que nos estados do sul, sudeste e centro-oeste.

Segundo o pesquisador do Inca, o preço do cigarro no Brasil é o segundo mais baixo das Américas, e isso contribui para esse cenário: "ao você aumentar o preço do cigarro, uma parte importante da população de fumantes atual, ela vai parar de fumar ou vai buscar parar de fumar, e você não vai ter novos consumidores entrando na epidemia do tabagismo".

Uma nova porta de entrada para o vício é o cigarro eletrônico, que embora proibido no Brasil é comprado facilmente pela internet e no comércio popular. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, a Receita Federal e a Anvisa realizaram uma operação para coibir a venda do produto em lojas do centro de São Paulo.

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