Vídeo: Legado de Tina Turner é celebrado em exposição no MIS em SP
Cantora, considerada a rainha do Rock n' Roll, morreu nesta 4ª feira (24.mai), aos 83 anos na Suíça
SBT News
A cantora Tina Turner, que morreu nesta 4ª feira (24.mai), é a estrela de uma exposição com 120 imagens feitas por três fotógrafos norte-americanos e um inglês, que acompanharam a trajetória da eterna rainha do rock. "Tina Turner: uma viagem para o futuro" ficará em cartaz até o dia 9 de julho e os ingressos podem ser adquiridos pelo site do Museu da Imagem e do Som (MIS).
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A primeira exposição de Tina Turner no Brasil acontece em São Paulo e conta com fotos inéditas da estrela do rock e espaços interativos. A mostra foi dividida em quatro partes: a música, o poder feminino, a moda e o cinema.
Julia Araña, uma das idealizadoras, nasceu no ano em que Tina Turner estourou nas telas do mundo todo com o filme 'Mad Max - Além da Cúpula do Trovão', ao lado de Mel Gibson. "Eu sou de uma geração que a Tina já tinha feito sucesso, então eu não peguei a Tina explodindo. Então eu queria contar esse olhar também de uma pessoa que não viveu a Tina, mas está descobrindo a Tina", conta ela.
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No Brasil, Tina Turner levou188 mil fãs ao Maracanã, em 1988. Foi o show de um artista solo com maior público naquele período. Está até no Guinness, o livro dos recordes, e é destaque na exposição.
Também está lá a homenagem da cantora a Ayrton Senna, pelo grande prêmio de Fórmula-1 da Austrália. Fatos que relacionam o Brasil a uma mulher altiva que teve quatro filhos e superou um casamento abusivo.
De Ike Turner, Tina só manteve o sobrenome. Foi ao lado dele que ela surgiu nos palcos, nos anos 1960. Depois de um divórcio turbulento, ela construiu uma carreira solo de sucesso. Ela vendeu nada menos do que 200 milhões de discos e ganhou 12 Grammys, o Oscar da música. E isso "nos anos 80, uma mulher, negra, que havia apanhado do marido, de 40 anos, que na época já era uma senhora", salienta André Sturm, diretor do MIS.
Personagens
A estética foi muito importante para a vida e a arte de Tina Turner. Nos palcos, ela chamava a atenção pela forma física. As belas e torneadas pernas a transformaram num símbolo sexual. As perucas - que ela confeccionava com fios naturais - foram um grito colorido de liberdade. "Ela falou assim 'ai eu preciso de alguma forma mudar o meu visual, sair daquilo que não tava mais me agradando, me pertencendo e eu preciso virar uma nova Tina', comenta Cat Tenorio, fotógrafa e curadora da exposição.
Os visitantes podem provar as perucas e se sentir na pele de Tina Turner por um dia. O publicitário Rafael Gushiken experimentou e se acabou: "A rainha plena né? Nossa, me realizando aqui com essa peruca clássica", comenta ele.
A cantora Luna Di não precisou do ilustre acessório. O corte de cabelo dela é inspirado na própria Tina. "Eu gosto de estar no palco e mexer no cabelo, ficar arrumadinho para mim não dá muito certo", revela a cantora. Na vibe livre e empoderada. Como Tina Turner.