Rita Lee é uma das maiores vendedoras de discos do Brasil
São 55 milhões de álbuns vendidos nos mais variados gêneros musicais: do Rock à Bossa Nova, do Pop à MPB
Deboche, irreverência, crítica, inconformismo... Cabe tudo no caldeirão sonoro e criativo de uma das maiores artistas da música brasileira em todos os tempos. Tá certo que todo mundo conhece Rita Lee Jones como a Rainha do Rock Nacional, mas ela foi além. Muito além. Cultivou uma trajetória tão diversa e surpreendente que lhe permitiu atingir aos públicos mais diferentes e, com isso, chegar à marca dos 55 milhões de álbuns vendidos.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Sim, teve rock'and roll no início da carreira com Os Mutantes e o grupo Tutti Frutti -- o disco Fruto Proibido (1975), lançado com o grupo, é considerado sua obra-prima -- ; o colorido tropicalista em Panis et Circensis, com Caetano Veloso & Cia; teve Bossa Nova, teve MPB -- cantou até com Elis Regina -- teve Pop Rock, música eletrônica. De tudo um pouco e em tudo doses industriais de capacidade de interpretação e de significado único a tudo o que dizia, tudo o que escrevia, tudo o que cantava. A pluralidade de gêneros musicais por onde surfou lhe permitiu encontrar parceiros como os irmãos Baptista (Arnaldo e Sérgio dos Mutantes), Gilberto Gil em Refestança (1977), e tantos outros.
Nos palcos, cantou com João Gilberto, Elis Regina, Bethania, Milton Nascimento.
Roberto de Carvalho
O maior parceiro ela encontrou em 1976 no guitarrista e compositor Roberto de Carvalho, com quem dividiu inúmeras canções em um casamento que durou mais de 47 anos. Eles tiveram três filhos e inúmeros sucessos como On The Rocks, Banho de Espuma, Desculpe o Auê e Mania de Você. A cada novo hit uma nova oportunidade para a crítica social, à política, a tudo que Rita Lee preferiria transformar. Como bem fez ao longo de uma carreira de quase 60 anos de muita ironia, muito deboche e provocações. A identidade feminina era um de seus temas preferidos. E como ela tão bem combinou, a liberdade de comportamento e a irreverência inconfundível d"Esse Tal de Roque Enrow".
Leia também
+ Margareth Menezes chora ao saber da morte da cantora Rita Lee