Administradora de trens urbanos do Rio desiste de concessão após 25 anos
Governo do Rio de Janeiro garante que serviço não será paralisado

Salutiel Filót
Mais um capítulo da crise no transporte público no Rio de Janeiro. A empresa japonesa Mitsui, controladora da concessionária Supervia, desistiu de operar os trens no estado. A decisão foi formalizada em reunião com o governador Cláudio Castro, que exigia mais investimentos para renovar o contrato, que vence em outubro.
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Cerca de 350 mil passageiros dependem, diariamente, dos trens. O Governo do Estado informou que o serviço não será interrompido. Para isso, serão feitas novas reuniões com a atual concessionária, que deverá acompanhar o processo de transição até a escolha de uma nova empresa, para explorar a malha ferroviária.
São 270 quilômetros de trilhos que ligam o Rio de Janeiro a 11 cidades da região metropolitana. A Supervia ganhou a concessão há 25 anos, período em que acumulou dívidas e reclamações.
É uma crise que se espalha por todo o setor de transporte do Rio. No início do ano, a empresa que administra as barcas como as que ligam o Rio a Niterói também desistiu da concessão, mas acabou aceitando prorrogar o contrato por dois anos.
Para o especialista em transportes públicos, Ronaldo Balassiano, não se trata apenas de má gestão das concessionárias. "Há uma dificuldade do poder concedente de acompanhar a qualidade do serviço desses modos de transporte. Se você monitora isso o tempo todo, você não vai saber se o serviço está piorando. O Estado não acompanha isso como deveria ser, no dia a dia", ele aponta.
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