Multas por desmatamento na Amazônia aumentaram 219% no primeiro trimestre
Apreensões de bens relacionados às infrações e embargos de propriedades também cresceram
Camila Stucaluc
Os casos de desmatamento ilegal e outras infrações na Amazônia continuam altos. Segundo balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), entre janeiro e março deste ano, já foram aplicadas mais de 1,2 mil multas pelos crimes, número 219% maior quando comparado à média dos quatro anos anteriores.
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As apreensões de bens e produtos relacionados às infrações ambientais também registraram alta (133%), com 526 casos, enquanto o número de embargos de propriedades cresceu 93%. Tais ações descapitalizam os infratores e impedem que obtenham financiamento, além de restringir o comércio de produtos ilegais.
Mesmo com a priorização de operações na região amazônica, as autuações ambientais aumentaram 78% em todo o país na comparação do primeiro trimestre deste ano com a média para o mesmo período nos anos de 2019 a 2022. A medida foi fundamental para as fiscalizações, uma vez que os locais contam com baixo número de funcionários.
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Além das ações na Amazônia, as equipes continuam retirando invasores de terras indígenas. O destaque vai para o território Yanomami, que, desde fevereiro, já resultou na destruição de 285 acampamentos de garimpeiros. Também foram apreendidas 22 toneladas de cassiterita, 21 mil litros de combustível e 5 kg de mercúrio.