Datafolha: 51% dos brasileiros defendem condenação de Bolsonaro pelo TSE
Ex-presidente é investigado por desacreditar sistema eleitoral em reunião com embaixadores, em julho de 2022
Emanuelle Menezes
Pesquisa Datafolha, divulgada nesta 3ª feira (4.abr), mostra que 51% dos brasileiros defende que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por desacreditar o sistema das urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores, em julho de 2022. Com a condenação, Bolsonaro ficaria inelegível por oito anos.
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Outros 45% dos entrevistados acredita que o ex-presidente é inocente e não deveria ser punido pela Justiça Eleitoral. 4% não souberam responder.
A margem de erro da pesquisa, que ouviu 2.028 brasileiros, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Acusação no TSE
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou na 6ª feira (31.mar), que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) se manifestasse em até 48 horas sobre a acusação de crime eleitoral, supostamente cometido em reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022, para criticar -- sem provas -- o sistema de votação brasileiro. A ação, aberta pelo PDT, tem como alvo a chapa composta por Bolsonaro e seu candidato a vice, Braga Netto.
A etapa de coleta de provas, chamada de instrução, foi encerrada na 6ª. Após o prazo de dois dias dado para as alegações finais da defesa, será a vez do Ministério Público apresentar parecer, em um prazo também de 48 horas.
Em um encontro com empresários brasileiros em Orlando, na Flórida, no dia 14 de março, Bolsonaro falou sobre a ação. "Eu não tenho uma denúncia sequer de corrupção. O processo que vai ser julgado no TSE é para a reunião que eu fiz com embaixadores no ano passado. Foi o crime que eu cometi". E prosseguiu, falando sobre uma possível condenação, o que o tornaria inelegível:
"Infelizmente, em alguns casos no Brasil, você não precisa ter culpa para ser condenado. Então existe a possibilidade de inelegibilidade sim. A questão de prisão, só se for uma arbitrariedade".
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