Pará suspende venda de peixe a outros estados até a sexta-feira santa
Decreto estadual visa garantir o abastecimento interno, mas não evita o aumento de preços

Nara Bandeira
Desde o último final de semana até o dia 7 de abril, feriado de sexta-feira santa, está proibida a saída de carregamentos de peixe do território paraense, exceto os congelados que já tenham selo de aprovação do serviço de inspeção federal liberado antes do decreto estadual. Isso para garantir a oferta aos consumidores internos.
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Durante o período de vigência da proibição, são realizadas fiscalizações. "Essas ações são de extrema importância para que a gente consiga ter o produto durante a Semana Santa e também não haja aumento excessivo do preço", diz Jamir Macedo, diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Pará.
No tradicional mercado Ver-o-Peso, em Belém, são vendidas 80 toneladas de peixe por dia. Na Semana Santa, esse número deve chegar a 100 toneladas. A demanda e a inflação elevaram os preços, em média, em 18%. Apesar da alta, a variedade de espécies atrai compradores de outros municípios, como o autônomo Miguel Santana. "Não tem tainha, não tem pescada amarela, então interessa comprar aqui", diz.
O Pará é o quarto maior exportador de pescado do Brasil, atrás de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Norte, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Aquicultura.
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