Publicidade
Brasil

Racismo na Alesp: deputada é impedida de assinar livro de presença

Na tribuna da Assembleia, Thainara Faria (PT) denunciou racismo de servidora da casa

Imagem da noticia Racismo na Alesp: deputada é impedida de assinar livro de presença
deputada dentro de seu gabinete
• Atualizado em
Publicidade

A deputada estadual Thainara Faria (PT-SP) foi vítima de racismo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), nesta 6ª feira (31.mar), logo após a sessão solene de entrega da medalha Theodosina Ribeiro, evento criado para homenagear mulheres negras. 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Thainara, que foi eleita para seu primeiro mandato com 91.388 votos, foi impedida por uma servidora pública de assinar o livro de presença dos parlamentares.

"Eu passei três horas em uma solenidade belíssima da deputada Leci Brandão, sentada aqui com a placa escrito 'deputada Thainara Faria'. Quando eu desci da mesa e fui assinar os livros, a servidora falou: não, esses livros são só para os deputados", disse ela, em uma fala emocionada na tribuna da Assembleia.

Essa não é a primeira vez que Thainara sofre racismo desde que tomou posse como deputada. Na cerimônia, em 15 de março, a parlamentar foi impedida de entrar no plenário da casa, por ser um evento fechado para deputados. Mesmo após falar que era uma deputada eleita, sua entrada não foi permitida. Chegaram, até mesmo, a acreditar que seu assessor de imprensa, um homem branco, era o "verdadeiro deputado".

"Não estão acostumados com uma mulher preta, jovem, de 28 anos, circulando por essa Casa", afirmou. Devido aos casos anteriores, Thainara chegou a solicitar um botton específico de parlamentar. Mesmo assim, isso não foi o suficiente para que a servidora da Alesp a identificasse.

"Eu vou perguntar para vocês: isso foi um mal-entendido? Isso não é mal-entendido, gente, isso é racismo puro", disse a deputada.

"Nosso mandato não vai deixar impune mais um caso de racismo dentro da Alesp. Será enviado ao presidente da casa, o deputado André do Prado (PL), um requerimento para abrir uma sindicância interna para que se investigue o ocorrido", disse a deputada por meio de nota.

O presidente da Alesp, André do Prado (PL), determinou providências ao Secretário Geral Parlamentar, que substituiu a funcionária pública envolvida no episódio. O caso será avaliado em âmbito administrativo.

Veja a fala completa da deputada, na tribuna da Alesp:

Leia também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade