Volkswagen se recusa a pagar indenização por trabalho escravo no Brasil
Trabalhadores teriam sido vítimas de trabalho escravo na Fazenda Volkswagen, no Pará
Paulo Sabbadin
A audiência entre Ministério Público do Trabalho (MPT) e Volkswagen do Brasil, nesta 4ª feira (29.mar), terminou sem acordo para a reparação por trabalho escravo praticado na Fazenda Vale do Rio Cristalino (Fazenda Volkswagen), no Pará, entre 1970 e 1980.
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De acordo com o MPT, "a empresa se retirou da mesa de negociação afirmando que não tem interesse em firmar acordo com o órgão".
A audiência buscava um acordo para o pagamento de R$ 165 milhões em indenizações a 14 trabalhadores já identificados como vítimas e outras centenas de escravizados e anda precisam ser localizados, além das famílias dos que foram assassinados no local.
"Segundo depoimentos, trabalhadores da fazenda de cerca de 140 mil hectares ? equivalente à área da cidade de São Paulo - viviam no local em situação degradante de trabalho, sob violência e violações de direitos humanos", afirma o MPT.
Entre as violações estariam a falta de tratamento médico nos casos de malária, vigília armada para impedir fugas da fazenda, alojamentos insalubres, falta de acesso à água potável e alimentação precária.
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