TCU manda Bolsonaro entregar joias para Caixa e armas à Polícia Federal
Corte voltou a discutir nesta 4ª feira processo que trata das joias sauditas apreendidas pela Receita
Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiram, por unanimidade, que o relógio, a caneta, as abotoaduras e o rosário que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter ficado no acervo pessoal dele, devem ser entregues na agência da Caixa Econômica Federal, que fica na Asa Sul, em Brasília. O mesmo deve ser feito com as joias de diamantes que estão no depósito da Receita Federal, em São Paulo. Além disso, a pistola e o fuzil que Bolsonaro ganhou durante viagem ao Oriente Médio, em 2019, devem ser levados até a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. A decisão foi tomada durante sessão do TCU desta 4ª feira (20.mar).
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Na semana passada, os ministros já haviam determinado que Bolsonaro devolvesse os itens que ele incorporou ao acervo pessoal. A corte de contas também havia ordenado que as joias de diamantes apreendidas pela Receita Federal, em outubro de 2021, fossem incorporadas ao acervo da União. Os diamantes estão no depósito desde que um militar, auxiliar do ex-ministro Bento Albuquerque, tentou entrar no Brasil sem declarar os diamantes avaliados em mais de R$16 milhões. À época, Bento Albuquerque afirmou aos auditores que as joias seriam um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro.
O assunto voltou a ser discutido pelos ministros do TCU porque a defesa de Bolsonaro questionou se a Presidência da República teria o aparato necessário para fazer a guarda dos bens. O segundo pacote que Bolsonaro admitiu que recebeu é avaliado em mais de R$ 500 mil.
A Polícia Federal investiga o caso das joias e quem entrou no Brasil com os bens que não foram declarados. Os agentes também apuram as oito tentativas por parte de auxiliares de Jair Bolsonaro para resgatar os diamantes apreendidos pela Receita Federal.