Rússia concorda em prorrogar acordo de grãos no Mar Negro
Apesar de ser fundamental para segurança alimentar global, medida será estendia por apenas 60 dias
Camila Stucaluc
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, afirmou, na 2ª feira (13.mar), que não se opõe à prorrogação do acordo de grãos no Mar Negro. A fala foi em resposta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que pediu a ampliação da medida - prevista para expirar em 18 de março.
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O acordo foi aprovado no ano passado e tem como principal objetivo reduzir o custo global de alimentos e abastecer países africanos - fortes dependentes dos grãos ucranianos. Os envios, tanto de cereais como de fertilizantes, devem ser realizados por meio do Mar Negro, onde as rotas estarão protegidas e longe dos conflitos armados da guerra.
A prorrogação anunciada pela Rússia, no entanto, será permitida por apenas 60 dias. Isso porque, segundo Vershinin, as sanções impostas contra Moscou pelo Ocidente estão impactando as exportações agrícolas, uma vez que as isenções das restrições para alimentos e fertilizantes não estão funcionando como deveriam.
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Tal afirmação foi negada pelo governo dos Estados Unidos. Em pronunciamento, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou que os produtos acordados na Iniciativa do Mar Negro não estão sancionais e que não está entendo o porquê de Moscou estar "dando tantas desculpas" para não estender o acordo "tão essencial ao mundo".