Crise Yanomami: Saúde envia mais 12 profissionais da saúde para Roraima
SUS já atendeu 186 crianças indígenas com quadros de desnutrição grave e malária
Yuri Hupsel
A Força de Saúde do SUS, que atua na crise Yanomami, em Roraima, vai receber um reforço no atendimento aos indígenas da região. O Ministério da Saúde enviou mais 12 profissionais para trabalhar nos postos de atendimento, além de equipamentos, como balanças, testes rápidos para malária e medicamentos.
Desde o dia 22 de janeiro, quando as ações em apoio aos indígenas começaram, 186 crianças entre 0 e 14 anos foram atendidas na Casa de Saúde Yanomami, com quadros de desnutrição grave e malária. Segundo o Ministério da Saúde, quase 80% delas voltaram a ganhar peso.
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De acordo com o informe 'Missão Yanomami', as crianças receberam alimentação assistida e suplementação. "O controle de desnutrição vem sendo feito pelo Unicef aqui e, fazendo terapia nutricional, fazendo essa melhora nutricional dos pacientes, e isso é importante, porque a gente vem vendo, gradativamente, a diminuição desses atendimentos nossos de pediatria", explica o comandante do HCamp da Força Aérea Brasileira na Operação Yanomami, o major médico Felipe Figueiredo.
Mas, apesar dos avanços na crise humanitária, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que mais de 50% das crianças yanomami sofrem de desnutrição.
A equipe de Vigilância em Saúde que trabalha no território yanomami, propôs a coleta e sangue e cabelo dos indígenas para analisar e avaliar a contaminação por mercúrio. A coleta de amostras vai começar pelas crianças, gestantes e idosos.
Os sinais de que o socorro tem dado resultado é de que, há 11 dias, não há registro de mortes infantis no hospital de campanha. "Isso só demonstra a evolução da missão, e a melhora que a gente está conseguindo obter", conclui o major médico Figueiredo.
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