Apesar dos avanços tecnológicos, golpe das notas falsas segue em alta
Só no passado, o Banco Central recolheu mais de R$ 28 milhões em cédulas feitas por bandidos
José Luiz Filho
Apesar dos avanços na tecnologia, boa parte dos pagamentos no comércio ainda são feitos em dinheiro vivo. Por isso mesmo, o golpe das notas falsas continua em alta. Só no passado, o Banco Central recolheu mais de R$ 28 milhões em cédulas feitas por bandidos.
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Segundo o Banco Central, em 2022 foram retiradas de circulação, em todo país, 353 mil notas falsificadas, 60% delas no estado de São Paulo.
Somando os valores de face de cada cédula falsificada recolhida, o prejuízo no ano passado ultrapassou R$ 28,7 milhões, mas se forem contabilizados os negócios que deixaram de ser feitos por conta dessas fraudes, o volume é muito maior.
O economista Hugo Gaber explica a lógica; "R$ 50 que ele compraria alguma outra coisa ou pagaria um funcionário, ela sai de circulação no mercado e faz uma quebra imediata no fluxo econômico. Ou seja, são R$ 1 bilhão que você deixa de consumir, você deixa de pagar impostos, você deixa de pagar funcionários".
O site do Banco Central tem uma página com informações detalhadas de como identificar uma falsificação. Daniel de Oliveira, advogado perito em notas falsas, dá alguns exemplos.
"Você tem, por exemplo, embaixo do número 50, um número escondido aqui nesse 50. Você tem também aqui em cima uma microimpressão. No rosto da cédula você tem um alto-relevo, e no total são 14 dispositivos de segurança que você tem em toda a cédula", diz.
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