Hospital improvisado para atendimento de indígenas está superlotado
Local com capacidade para 300 pessoas está atendendo mais de 700 indígenas
Yuri Hupsel
A Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, se transformou em um hospital improvisado -- que já está superlotado. Mais de 700 indígenas estão sendo atendidos no local, que tem capacidade para 300 pessoas.
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Os atendimentos da Casai são feitos no prédio que fica atrás das estruturas do hospital de campanha, que está sendo montado para ampliar a capacidade de atendimento. Cerca de 50 militares do Exército e da Força Aérea trabalham no local, que deve começar a receber os indígenas na 6ª feira (27.jan).
A superlotação é devido à gravidade dos casos de pneumonia, malária, insuficiência respiratória e, principalmente, desnutrição.
Só no ano passado, essas foram as causas de 99 mortes de crianças indígenas. Elas estão entre as principais vítimas do abandono do território Yanomami. Uma crise sanitária com doenças e problemas considerados evitáveis pelo Ministério da Saúde.
Nos próximos dias, devem ser enviadas 5 mil cestas básicas aos indígenas, além de 200 latas de suprimentos alimentares para as crianças.
A distribuição dos mantimentos para as comunidades será feita pela Funai. Outra medida que deve ser adotada é a instalação de mais um hospital de campanha, desta vez, dentro do território Yanomami, na região de Surucucu. A Secretaria de Saúde Indígena propôs que a unidade possua alojamentos e uma cozinha comunitária, para facilitar a logística e respeitar a cultura Yanomami.
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