Shopping de Belém empresta abafadores de ruído para pessoas com autismo
A iniciativa é inspirada na experiência de quem conhece de perto a importância da inclusão
Um shopping de Belém deu início a um serviço inédito no norte do país, o empréstimo de abafadores de ruídos para pessoas com transtorno do espectro autista.
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A família do Kevin evita passeios em lugares com barulho. O menino de 11 anos tem autismo nível dois com hipersensibilidade auditiva.
"A criança se esmurra, a criança se morde, a criança agride outras pessoas, porque ele não sabe o que fazer. o corpo dele grita ", diz Patrícia Castro, mãe do Kevin e dona de casa.
Dificuldade que pode ser enfrentada com um equipamento simples, que agora está disponibilizado para empréstimo aos clientes do shopping
A iniciativa é inspirada na experiência de quem conhece de perto a importância da inclusão.
"Uma colaboradora na administração que foi uma grande incentivadora. Ela tem um filho autista e desde o momento que ele nasceu, a gente começou a pensar em ações", lembrou Raphaella Rocha, gerente de marketing do shopping
"Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) mostrou que cerca de 90% das pessoas com autismo têm alguma desregulação sensorial. Ou seja, um arrastar de cadeira ou uma conversa de pessoas próximas, que para os outros são sons comuns, podem gerar um desconforto e até crises em quem faz parte do espectro autista" .
Para Nayara Barbalho, coordenadora de políticas públicas para o autismo do Pará, ainda são poucas iniciativas. Ela explica que a lei brasileira de inclusão não cita especificamente o abafador, mas, de certa forma, cobra mecanismos que garantam o bem estar de todos.
"Existem os artigos que preveem que lugares devem ter acessibilidade e inclusão para todas as pessoas. Se aquela deficiência te traz a necessidade de ter essas tecnologias para que ela participe para que ela esteja presente naquele lugar é obrigatório", afirma.
Quem vive na luta pela inclusão espera que a atitude sirva de exemplo. Para que possamos perceber em mais rostos, o quanto é bom ser respeitado e acolhido nas atividades mais simples.
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