Desmatamento no Cerrado registra crescimento de 25% em um ano
Levantamento do Inpe aponta Maranhão e Tocantins como regiões mais afetadas
Camila Stucaluc
Assim como na Amazônia, o desmatamento no Cerrado continua aumentando significativamente. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a devastação na região registrou crescimento de 25,3% entre agosto de 2021 e julho de 2022, totalizando 10.688,73 km² de vegetação nativa destruída. A cifra, quase correspondendo ao tamanho do Catar, é a maior contabilizada em seis anos.
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Dos 13 estados que compõem o Cerrado, o Maranhão concentrou a maior parte de desmatamento, com 2.833,92 km² (alta de 24% em relação ao mesmo período do ano passado). Em seguida, ficaram Tocantins (2.127,52 km²), Bahia (1.427,86 km²) e Piauí (1.188,78 km²), com altas de 24%, 54% e 104%, respectivamente. Juntos, os estados representam 71% da devastação no bioma.
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"A situação é preocupante porque o bioma já foi proporcionalmente mais devastado que a Amazônia. A maior parte do desmate ocorre em áreas privadas e mesmo assim tem indícios de ilegalidade, segundo dados do MapBiomas. Estamos demolindo a caixa d'água do país, e nem as empresas de commodities ou os mercados consumidores parecem incomodados com isso", diz Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.
