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Unb afirma que não tem dinheiro para pagar contas de dezembro

Universidade diz que último corte de recursos do governo federal tornou a situação insustentável

Unb afirma que não tem dinheiro para pagar contas de dezembro
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A Universidade de Brasília (UnB) afirmou nesta 2ª feira (5.dez) que não tem dinheiro suficiente para realizar os pagamentos do mês de dezembro.

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De acordo com a reitoria, o último corte de recursos do governo federal deixou a universidade sem recursos para pagar "auxílio estudantil, contratos do Restaurante Universitário, da segurança, de manutenção, de limpeza e todas as demais despesas previstas para o mês, incluindo projetos de pesquisadores"

O corte da última 5ª feira (1º.dez), segundo a UnB, foi de R$ 17 milhões, valor que se soma ao bloqueio de R$ 18 milhões realizado em junho.

"A UnB repudia veementemente essa situação e a herança calamitosa na Educação, Ciência e Tecnologia que o governo federal parece ter decidido deixar para o seu sucessor, em janeiro de 2023. A medida desconsidera, mais uma vez, que os principais atingidos pelos ataques às instituições públicas são as parcelas mais vulneráveis da sociedade brasileira. No caso das universidades, os mais afetados são os estudantes vulneráveis socioeconomicamente e os trabalhadores assalariados das empresas terceirizadas", diz trecho da nota da instituição.

Leia a nota da UnB na íntegra:

Com os últimos cortes efetuados pelo governo federal, a Universidade de Brasília (UnB) encontra-se sem dinheiro para realizar pagamentos em dezembro. Não há recursos para pagar auxílio estudantil, contratos do Restaurante Universitário, da segurança, de manutenção, de limpeza e todas as demais despesas previstas para o mês, incluindo projetos de pesquisadores.

Conforme amplamente noticiado pela imprensa, o governo federal retirou mais de R$ 17 milhões da UnB na última quinta-feira, 1º de dezembro. Os decanatos de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional e de Administração encaminharam informações detalhadas para todas as unidades acadêmicas e administrativas da UnB (Memorando-Circular 006/2022/DPO/DAF; 9054340). Informam que "a Universidade está impossibilitada de efetuar pagamentos das despesas já liquidadas e de realizar novos empenhos."

A situação financeira da UnB e das demais universidades federais já era dramática desde o início de 2022, piorou com o corte de 7,2% feito pelo governo federal no mês de junho (R$ 18 milhões só na UnB) e, agora, torna-se insustentável.

A UnB repudia veementemente essa situação e a herança calamitosa na Educação, Ciência e Tecnologia que o governo federal parece ter decidido deixar para o seu sucessor, em janeiro de 2023. A medida desconsidera, mais uma vez, que os principais atingidos pelos ataques às instituições públicas são as parcelas mais vulneráveis da sociedade brasileira. No caso das universidades, os mais afetados são os estudantes vulneráveis socioeconomicamente e os trabalhadores assalariados das empresas terceirizadas.

Continuaremos atuando em defesa de nossa universidade, com o apoio da comunidade e em parceria com os reitores das universidades e dos institutos federais, com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), buscando o diálogo com o governo federal e com o Congresso Nacional para a reversão desta inadmissível situação.

É imprescindível que possamos honrar os nossos compromissos em 2022 para iniciar 2023 com esperança de que a Educação, a Ciência e a Tecnologia voltem a ser consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país e para a melhoria da vida das brasileiras e dos brasileiros.

A UnB continuará atuante como sempre, necessária como nunca.

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