Na transição, mulheres são excluídas de grupos que concentram orçamento e poder
Única exceção à regra é o GT de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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Mulheres não integram pelo menos dois grupos técnicos da transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). São eles: Economia e Indústria, Comércios e Serviços. Em outros quatro GTs, há apenas uma mulher: Planejamento, Orçamento e Gestão, Minas e Energia, Previdência Social e Relações Exteriores. As informações são de um levantamento feito pelo SBT News com base na última atualização do site do petista.
As mulheres são maioria em apenas dois grupos: no próprio GT das Mulheres e no Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do qual a senadora Simone Tebet (MDB-MT) faz parte. Dos 278 nomes listados no site, quase 65% são do sexo masculino. As mulheres são quase 35%.
A disparidade entre homens e mulheres também está presente no Conselho Político: as mulheres representam 25% do grupo; homens são 75%.
Busca por representatividade
Na última 5ª feira (17.nov), o coordenador dos grupos temáticos do Gabinete de Transição, Aloizio Mercadante, afirmou que a próxima gestão do governo federal está preocupada com questões de representatividade.
"Estamos preocupados com a questão da representatividade. Estamos ouvindo e aceitando as sugestões de pessoas do Movimento Negro, por exemplo", disse Mercadante durante coletiva com jornalistas.
Como o SBT News noticiou, após pressão do Movimento Negro do Nordeste, o jornalista e coordenador nacional do Coletivo de Entidades Negras (CEN), Yuri Silva, passou a fazer parte da equipe de transição.