Freixo: "O estado não pode perder o monopólio da força"
Ao SBT News, deputado elogia 'revogaço' de armas e reforça relação entre turismo e segurança pública
Larissa Lins
O deputado federal do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), integrante do grupo de trabalho do turismo na equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve propor um projeto para ampliar a segurança de atividades turísticas no Brasil. A ideia é debater com governadores e secretários de segurança e de turismo um tipo de policiamento específico que proteja não só as pessoas, mas também os comércios locais.
"O turismo é um grande instrumento de geração de emprego do século XXI, vai ser uma área que a gente vai precisar ter grande investimento e isso vai ser feito junto aos governadores, junto aos secretários de segurança", pontuou.
O deputado ainda falou que "se garantir mais recursos para o turismo, o governo garante mais emprego e também o crescimento econômico".
Freixo avalia que segurança e turismo são temas que andam juntos e não podem ser separados. O deputado vem de um histórico político na área de segurança pública. O deputado presidiu a CPI das milícias, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 2008 e está seguro que poderá contribuir com o próximo governo nesta direção. Ele informou também que conversou com o senador eleito e integrante do GT de segurança pública, Flávio Dino (PSB-MA) e sugeriu diversos nomes de policiais civis e militares que poderão compor o grupo durante o governo de transição.
Política desarmamentista
O deputado federal elogiou a posição do governo eleito em propor o "revogaço" dos decretos armamentistas, mas admitiu a importância de ouvir especialistas no assunto para propor essas mudanças."Se a gente puder ouvir os especialistas, entender as diferenças de cada arma, entender que arma é compatível ao colecionador e que arma não é, vai ser bom. Esse grupo, quanto mais técnico for, melhor".
A reportagem do SBT News trouxe em primeira mão a informação da possível revogação dos decretos. Nesta 5ª feira (17.nov), a reportagem apurou que não existe, até então, nenhum especialista da questão armamentista no GT de segurança pública e justiça.
Confira a entrevista na íntegra: