Corpo de Isabel Salgado é cremado no Rio de Janeiro
Cinzas da ex-jogadora de vôlei serão jogadas no mar

Flávio Winicki
A ex-jogadora de vôlei, Isabel Salgado, recebeu as últimas homenagens de familiares, amigos e fãs, nesta 5ª feira (17.nov), no Rio de Janeiro. O corpo dela foi cremado, e as cinzas serão jogadas no mar.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Vestidos de branco, os cinco filhos de Isabel foram os primeiros a chegar na despedida. O corpo da ex-jogadora de vôlei foi velado no Cemitério da Penitência, na região portuária do Rio. A cerimônia foi aberta ao público.
"Conheci a Isabel com 17,18 anos, sem imaginar que eu estava diante de um ícone, de uma pessoa tão importante, uma mulher muito a frente do seu tempo, com pautas tão fundamentais pra gente ter os direitos que temos hoje. Isabel brigava pra ser ouvida, hoje a gente briga por igualdade", diz a ex-jogadora Fabi
Jaqueline Silva, a Jacquie, é a melhor amiga de Isabel desde os nove anos de idade. Juntas, ainda na escola, iniciaram no vôlei uma trajetória sem limites: "nós começamos a trabalhar quando o esporte feminino não era divulgado e de certa forma abrimos essa porta. Isabel sendo mãe, jogando grávida, depois sendo treinadora, então portas foram abertas, portas que as mulheres desconheciam e a Isabel foi um símbolo".
Isabel morreu na madrugada de 4ª feira (16.nov), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Aos 62 anos, deu entrada um dia antes com pneumonia, causada por uma infecção bacteriana, e não resistiu.
Isabel começou no vôlei de quadra do Flamengo, foi para a seleção brasileira, disputou duas Olimpíadas, e migrou para o vôlei de praia no início dos anos 90. Fez história também por causa da forte personalidade, lutou pela igualdade de gênero e pela profissionalização do vôlei.
A carreira que começou aqui Rio se estendeu ao Brasil e ao exterior. Isabel deixou legados no esporte e na sociedade. O dia da despedida foi também da cidade celebrar a vida de uma mulher forte, revolucionária e vencedora. O cortejo animado simboliza o que foi a Isabel.
"Uma mãe incrível, fora do comum, mas a minha mãe não amava a gente só, minha mãe amava gente. A minha mãe era uma pessoa que ensinou a amar. Então, hoje é dia de celebrar ela, ela segue muito viva dentro da gente", diz a filha Maria Clara.
Leia também: