MPF diz que PRF não cumpre medidas suficientes para liberar rodovias
Ofício enviado ao STF e à PGR pede investigação sobre diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques
O Ministério Público Federal (MPF), no Pará, argumenta que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não adota medidas suficientes para desbloquear rodovias. Como agravante, descumpre decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Tanto o STF quanto a Procuradoria Geral da República (PGR) receberam o ofício assinado por 20 membros do MPF, nesta 3ª feira (1.nov).
Um trecho diz que "a Polícia Rodoviária Federal não se desincumbiu de seus deveres constitucionais e legais até o presente momento e igualmente não logrou justificar cabalmente o insucesso das suas ações".
"Não foi solicitado, até o momento em que subscrita esta manifestação, sequer o apoio da Polícia Militar, não foi realizada operação de dispersão (uso de armas sem efeito letal, gás de dispersão, uso de munição de borracha etc) e o que se tem visto é uma virtual aderência aos motins, vide as imagens que circulam em redes sociais", diz a carta.
Outra parte reclama que "sequer foram aplicadas punições administrativas aos condutores de veículos usados no local, ou qualquer outra medida que não fosse a tentativa de diálogo, infrutífera já desde o início".
Procuradores responsáveis pelo controle externo da atividade policial pediram a abertura de um inquérito sobre a atuação do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, tanto no desbloqueio das rodovias quanto no domingo de eleições, quando a corporação teria agido de forma truculenta para atrapalhar o acesso de nordestinos às urnas. "As condutas amplamente veiculadas atribuídas ao diretor-geral da PRF indicam má conduta na gestão da instituição, desvio de finalidade visando interferir no processo eleitoral".
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